Foram surgindo pessoas conscientes e decididas em procurar soluções para os problemas econômicos e sociopolíticos do país por outros caminhos: grupos, movimentos da sociedade civil em geral, alguns deles apoiados por ONGs, pessoas defensoras e promotoras dos direitos elementares.
Poderiam ser citados acontecimentos e uma longa lista de pessoas ou grupos que desempenharam um árduo trabalho, alguns dele custando-lhe a própria vida por conseguir a paz. O que nos interessa apontar é que foi nessa época, que surgeram pelas bases propostas de mudanças sociais e estruturais e por meio do diálogo e da negociação pacífica. Não era fácil sair de várias décadas de governos militares e de muitos anos de guerra para propiciar a democracia.
Por outra parte, não existiam modelos democráticos em qualquer país da América Central, mas, sim, modelos autoritários e imperialistas, submetidos aos interesses militares e do capital dos Estados Unidos.
A Comissão do Esclarecimento Histórico comprovou que entre as distintas estratégias militares, e de grupos de poder aplicadas nas comunidades indígenas foram conduzidas, executadas e articuladas por preconceitos racistas. O racismo, chaga profunda e incurável Guatemala, constituiu um dos fatores profundos no desenvolvimento da guerra e nas políticas genocidas da época.
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